sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Memórias

Eu hoje percebi, depois de muito tempo correndo atrás da "Felicidade", que eu sou feliz.
Sem letras maiúsculas, sem aspas, sem precisar procurar em nenhum lugar.
Acho que isso acontece com muita gente. Tem pessoas que passam a vida atrás dessa "Felicidade", sem perceber que a felicidade, a verdadeira, na maioria das vezes está ali, escondida debaixo do travesseiro ou em uma caixa com cartas antigas.
Eu não quero ser daquelas pessoas que passam a vida correndo atrás de um objetivo pra, no fim, olhar pra trás e perceber que não produziram nada de útil em suas vidas.
A felicidade não está no futuro, não está em ter um play 3 ou uma casa de praia numa ilha deserta. A felicidade está no presente, no aqui e no agora, em tirar o máximo proveito da vida e do que ela nos oferece.
E é o que faço. Claro que tenho meus planos. Podem me tomar por antiquada, mas quero casar, ter filhos e morar numa casa com um quintal bem grande, onde eu possa plantar um jardim e uma horta. Mas sei que não é casar e ter filhos que vai me fazer feliz.
A felicidade é simples, e geralmente se esconde naqueles momentos que a gente deixa passar sem prestar atenção, como uma borboleta pousando na nossa janela, ou aquela flor que abriu no jardim fora de época.
Ela está naquele livro antigo que você ganhou de sua avó, e que ao abrir, mesmo depois de tantos anos, você consegue sentir o cheiro que a casa dela tinha na sua infância.
Está nas cartas de suas antigas amigas da época da escola, e que ao reler, quando suas filhas já estão com a idade que vocês tinham, você percebe que, apesar de todos esses anos, as adolescentes continuam exatamente as mesmas.
Está naquela caixa em que você guarda as recordações do seu primeiro namorado. Você era tão nova, não? E achava que aquele primeiro amor ia durar pra sempre. E uma parte dele durou, nessa caixinha de memórias que agora você observa com ternura.
Está nas fotos dos seus filhos recém-nascidos (e você com aquela cara de boba/o), nas fotos antigas de seus pais e seus avós, nas suas fotos.
Viu só? Muito mais fácil do que parecia...

Um comentário:

  1. Nossa, q lindo Mari!
    Me emocionei mt lendo seu post, lembrando das minhas caixinhas de recordações q tenho aqui em casa!

    Realmente, a felicidade está nessas pequenas coisas, para as quais mal damos o valor necessário no momento em que acontecem, e só depois percebemos como eram importantes!

    Adorei o post!

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