terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Imortais

É engraçado como algumas bandas, ou pelo menos algumas de suas músicas, têm a capacidade de se tornarem imortais. E não me refiro a ficarem mega-master-famosos e ter suas músicas nas listas de mais tocadas por não sei quantos anos, como os Beatles não.
Falo daquelas bandas que a gente ouve muito por uma determinada época e de repente para de ouvir, assim meio sem motivo, talvez só porque já ouvimos muito. E daí um belo dia resolvemos "desenterrar" o cd, e percebemos que, apesar de uma certa música desse cd talvez nos lembrar de uma época ou acontecimento específico, no geral o cd nos traz apenas boas sensações, e não necessariamente a lembrança de algo.
Por exemplo, hoje resolvi assistir ao dvd acústico do The Corrs, que minha mãe ganhou de aniversário faz pouco tempo. E apesar de uma ou outra música me lembrarem de quando eu estava na oitava série (hoje em dia, nono ano) do ensino fundamental, e era apaixonada pelo meu amigo do terceiro colegial (as paixonites aos 14 anos de idade sempre são cheias de choro ouvindo música...), época em que passava o dia inteiro ouvindo o cd desse show, no geral são apenas músicas maravilhosas, que me dão vontade de cantar e dançar quando as escuto.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Memórias

Eu hoje percebi, depois de muito tempo correndo atrás da "Felicidade", que eu sou feliz.
Sem letras maiúsculas, sem aspas, sem precisar procurar em nenhum lugar.
Acho que isso acontece com muita gente. Tem pessoas que passam a vida atrás dessa "Felicidade", sem perceber que a felicidade, a verdadeira, na maioria das vezes está ali, escondida debaixo do travesseiro ou em uma caixa com cartas antigas.
Eu não quero ser daquelas pessoas que passam a vida correndo atrás de um objetivo pra, no fim, olhar pra trás e perceber que não produziram nada de útil em suas vidas.
A felicidade não está no futuro, não está em ter um play 3 ou uma casa de praia numa ilha deserta. A felicidade está no presente, no aqui e no agora, em tirar o máximo proveito da vida e do que ela nos oferece.
E é o que faço. Claro que tenho meus planos. Podem me tomar por antiquada, mas quero casar, ter filhos e morar numa casa com um quintal bem grande, onde eu possa plantar um jardim e uma horta. Mas sei que não é casar e ter filhos que vai me fazer feliz.
A felicidade é simples, e geralmente se esconde naqueles momentos que a gente deixa passar sem prestar atenção, como uma borboleta pousando na nossa janela, ou aquela flor que abriu no jardim fora de época.
Ela está naquele livro antigo que você ganhou de sua avó, e que ao abrir, mesmo depois de tantos anos, você consegue sentir o cheiro que a casa dela tinha na sua infância.
Está nas cartas de suas antigas amigas da época da escola, e que ao reler, quando suas filhas já estão com a idade que vocês tinham, você percebe que, apesar de todos esses anos, as adolescentes continuam exatamente as mesmas.
Está naquela caixa em que você guarda as recordações do seu primeiro namorado. Você era tão nova, não? E achava que aquele primeiro amor ia durar pra sempre. E uma parte dele durou, nessa caixinha de memórias que agora você observa com ternura.
Está nas fotos dos seus filhos recém-nascidos (e você com aquela cara de boba/o), nas fotos antigas de seus pais e seus avós, nas suas fotos.
Viu só? Muito mais fácil do que parecia...