quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Go Speed Racer Go!

Esse final de semana eu assisti, finalmente, à versão cinematográfica de Speed Racer. Apesar de sempre ter AMADO o desenho, confesso que li algumas críticas que foram bem más em relação ao filme, o que me fez deixar pra assisti-lo quando saísse em DVD.
Coincidentemente, estando eu domingo à noite na casa do meu papis, ele me diz para ver os DVDs que estavam na sala de TV, pois ele os devolveria à locadora na segunda-feira. Fui fuçar, por curiosidade, e lá estava ele: "Speed Racer", olhando pra mim com aquela cara de "assista-me agora..."
Não resisti a seu charme, e deixando pra lá a idéia de ir dormir cedo pra acordar cedo e ir à fisioterapia, liguei o DVD.
Meodeos, como puderam falar tão mal desse filme? E como eu pude acreditar? Tá ok, concordo que a história seja talvez um pouco bobinha, mas e daí? Não é todo dia que queremos assistir "Hotel Ruanda" ou "Orgulho e Preconceito". Um pouco de leveza não faz mal a ninguém.
Em 5 minutos de filme eu já estava completamente "dentro" da história, viajando com os carros do filme e rolando de rir do irmão mais novo do Speed e seu macaco (Zequinha, na malfadada tradução à língua portuguesa...).
De novo coincidentemente, na manhã seguinte acordei e resolvi ler o "Folhateen", que estava em cima da mesa da sala. Assim que eu abro o caderno, quem está lá? Sim, ele mesmo, meu querido Speed Racer! Devido ao lançamento em DVD do filme, acharam sensato fazer um novo review do filme, no qual dizem que sim, provavelmente os quarentões que assistiam ao desenho quando crianças iam gostar do filme, porém mais por seu caráter nostálgico do que pela história em si. Também disseram que talvez alguns adolescentes gostassem da história, mas que o filme era, essencialmente, feito para crianças.
Ao ler isso, decidi nunca mais me basear em críticas para decidir qual filme assistir. Emile Hirsch está ótimo no papel de Speed. E gente, os figurinos do filme são iguais aos do desenho! Não iguais aos do desenho de uma forma caricata, estilo "The Flintstones" (aliás, quem interpreta o Pops, patriarca da família Racer, é o Jonh Goodman, o mesmo que fez Fred Flintstone), mas roupas normais, iguais às do desenho. Completando o time, estão Susan Sarandon no papel da Mom Racer, e Christina Ricci no papel de Trixie ( a namoradinha supercool do Speed).
Ah, também adorei o garoto que faz o papel do Spritle (que virou "Gordinho", em português), o Paulie Litt. Não me lembro de tê-lo visto em outro filme antes, mas ele é uma figura! Fez praticamente todas as cenas de comédia do filme, e pasmem! Juro que todas elas foram realmente engraçadas (pelo menos, eu achei).
Enfim, na minha opinião, é um filme que com certeza vale muuuito a pena, independentemente do que digam os críticos.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Ela negava, mas no fundo, bem lá no fundo, desde o dia em que o conheceu ela soube que era ele.
Sabia que, a partir daquele momento, ele sempre estaria presente, pelo menos em algum pedacinho de sua alma, por mais ínfimo que fosse. Ele sempre estaria lá. Sempre presente.
Ela sabia que diriam que era besteira, então ficava quieta. Mas sim, era verdade. Cada dia que passava mostrava que ela estava certa, que ele havia se alojado em sua alma e nada, nada o tiraria de lá. E cada vez mais ela se sentia feliz por isso.
Ficava alegre com sua presença, sabia que jamais poderia lhe fazer nada de mau, sendo algo assim tão bom.
E, afinal, ele sempre aparecia na hora certa. Sempre a abraçava quando ela chorava, sempre ria junto dela quando ela estava feliz, sempre, sempre... E às vezes, quando o assunto se esgotava, ela gostava do modo como ele se sentava a seu lado e a abraçava, sem dizer uma palavra.
Nesses momentos, eles não precisavam de palavras. Nesses momentos, tudo de que necessitavam era a companhia um do outro. Saber que se bastavam. E que se estavam lá, era apenas porque queriam estar lá, naquele instante, do modo que estavam.
E então, ela sabia. Era feliz. Não aquela felicidade de quando se ganha um novo par de patins, ou um novo videogame. Mas a felicidade de saber que tinha tudo de que precisava.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Angular Momentum

Ufa!

Tá, tá bom, eu sei que muitos vão me dizer que sou irresponsável, e que acabo de fazer a maior besteira da minha vida, mas a verdade é: ninguém consegue sequer imaginar o alívio e a leveza que estou sentindo!
Sim, hoje é meu último dia como estudante de Jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Vim para a primeira aula, apresentei o trabalho em grupo de Teoria da Comunicação (seria a maior mancada do Universo deixar o grupo todo na mão, jamias faria uma coisa dessas!), e agora, enquanto eles estão na aula de Fotojornalismo, aqui estou eu, no laboratório de informática (provavelmente pela última vez na vida), fazendo hora pra ir ao atendimento ao aluno e trancar minha matrícula.
Acabou. Chegou ao fim a tortura. E ninguém pode dizer que eu não tentei, tentei quase um ano inteiro. Mas não é pra mim. Meu pai ficou decepcionado, mas o que posso fazer? Antes decepcioná-lo agora do que depois de 4 anos de curso.
Provavelmente vou perdeer meu estágio, quando chegar ao meu chefe e dizer a ele que acabo de trancar minha matrícula na faculdade, e que não pretendo voltar a estudar ou fazer nada nessa área. Mas também não está ao meu alcance saber isso, ou decidir isso. Não quero me preocupar.
Agora, terei tempo de me preparar para o vestibular de Letras na USP (pelo menos, se desistir desse não me sentirei mal por desperdiçar o dinheiro do meu pai...)
É isso, sem nenhuma novidade, além dessa.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Meu avô

Outro dia, lendo meus dários antigos, achei um texto que escrevi aos 15 anos de idade, mais ou menos nessa mesma época do ano.
Enfim, o contexto da época em que o escrevi não importa muito, basta saber que foi escrito para alguém de quem eu gostava muito. Demais.
Engraçado foi que, relendo esse texto, eu pude perceber quão pouco eu sei sobre ele. Digo, eu sei o que ele me dizia, as histórias que me contava, e também um pouco do que minha mãe, minhas tias, minha avó me contam. Eu nunca parei pra perguntar pra ele: "Como foi sua infância, vô?", ou "Qual a sua melhor recordação, de todas?", entre tantas outras coisas.
Mas também sei bastante coisas. Sei que seu nome era Edison, em homenagem ao Thomas Edison (sua mãe, Blandina, o escolheu porque no dia de seu nascimento, o hospital ficou sem energia elétrica); sei que quando criança, ele e seus irmãos quase botaram fogo na casa em que viviam, um dia que sua mãe teve que ir ao dentista... Sei que ele adorava pregar peças nos outros, ou pelo menos o fazia com todos os membros da família; sei que ele tentava ajudar todos os que podia, sempre que podia. Sei que ele gostava de tomar whisky, e eu sabia exatamente como ele gostava de seu whisky...
Sei essas e muitas outras pequenas coisas, que não significam absolutamente nada, mas ao mesmo tempo são tudo, porque são o que me ajudou a formar a idéia que tenho dele.