quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Meu avô

Outro dia, lendo meus dários antigos, achei um texto que escrevi aos 15 anos de idade, mais ou menos nessa mesma época do ano.
Enfim, o contexto da época em que o escrevi não importa muito, basta saber que foi escrito para alguém de quem eu gostava muito. Demais.
Engraçado foi que, relendo esse texto, eu pude perceber quão pouco eu sei sobre ele. Digo, eu sei o que ele me dizia, as histórias que me contava, e também um pouco do que minha mãe, minhas tias, minha avó me contam. Eu nunca parei pra perguntar pra ele: "Como foi sua infância, vô?", ou "Qual a sua melhor recordação, de todas?", entre tantas outras coisas.
Mas também sei bastante coisas. Sei que seu nome era Edison, em homenagem ao Thomas Edison (sua mãe, Blandina, o escolheu porque no dia de seu nascimento, o hospital ficou sem energia elétrica); sei que quando criança, ele e seus irmãos quase botaram fogo na casa em que viviam, um dia que sua mãe teve que ir ao dentista... Sei que ele adorava pregar peças nos outros, ou pelo menos o fazia com todos os membros da família; sei que ele tentava ajudar todos os que podia, sempre que podia. Sei que ele gostava de tomar whisky, e eu sabia exatamente como ele gostava de seu whisky...
Sei essas e muitas outras pequenas coisas, que não significam absolutamente nada, mas ao mesmo tempo são tudo, porque são o que me ajudou a formar a idéia que tenho dele.

Um comentário:

  1. Mari, você não sabe como eu estou emocionada com esse texto.. Não sei se é porque eu transferi essa história a mim e minha avó, se é porque tenho tanto medo de não ver mais meu avô ou se é somente por ter estado ao seu lado nessa fase tão chata... mas sei que engoli em seco o choro em minha garganta...
    E sei que amo você!

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