sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Ruptura

 E do nada você começa a questionar seus próprios valores e crenças. A achar que talvez tudo aquilo em que você sempre acreditou não seja assim tão perfeito ou fixo quanto você pensava.
Não que você tenha estado errado esse tempo todo. Simplesmente talvez não exista essa divisão tão estrita entre certo e errado. Ok, você sempre soube que o conceito de certo e errado era algo relativo, mas para você, sempre foi muito clara a linha que separava um do outro. Só que agora não é mais. Aliás, se é que existe alguma.
Pronto. Aconteceu uma ruptura, mesmo que você não saiba o que a causou. Mas algo agora te separa de quem você foi há 5 minutos, e você nunca mais será o mesmo. "Não se pode mergulhar duas vezes no mesmo rio", não é mesmo? E no fundo, você sabe disso.
Aquele momento em que você pensa: "É agora. É exatamente nesse ponto que minha vida pode mudar pra sempre, se eu deixar que aconteça. Se eu tiver a coragem de me deixar levar, eu nunca voltarei a ser quem eu sou agora.".
Mudar assusta. Mas é necessário e é muito bom, vai dizer que não? Claro que andar por um território desconhecido é sempre arriscado. Se você sempre usou sapatos, andar descalço provavelmente deixará marcas nos seus pés. Mas você se acostuma, e se descobre mais forte e mais resistente do que imaginou que pudesse ser.
"Mente vazia, oficina do diabo", minha avó já dizia. Mas se estamos mesmo num momento de questionamento, por que não aproveitar o momento de ócio mental e deixar algumas perguntinhas se instalarem por lá? Pode ser que elas nos levem à loucura, sempre há esse risco... Mas também pode ser que elas nos levem a uma nova visão de nós mesmos e do mundo ao nosso redor.


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